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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Seis veículos da polícia são danificados durante confronto na USP

Estudantes fizeram protesto contra prisão de jovens na noite desta quinta.
Delegado diz que vai instaurar inquérito para identificar os responsáveis.




Carro da Polícia Civil danificado durante confronto na USP (Foto: Kleber Tomaz/G1)
Carro da Polícia Civil danificado durante confronto na USP
Seis veículos das polícias Civil e Militar foram danificados durante a manifestação ocorrida dentro da Universidade de São Paulo (USP) na noite desta quinta-feira (27), de acordo com o boletim de ocorrência registrado na Central de Flagrantes da 3ª Seccional. Os alunos invadiram o prédio da administração da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) após confronto com a PM.
O conflito teve início após a prisão de três estudantes que portavam maconha no campus da universidade. Os alunos foram detidos por volta das 19h por policiais militares. Segundo a PM, eles estavam próximos a um carro, onde foi encontrada uma porção da droga. No momento em que os policiais foram levar o trio para o 91º DP, onde a ocorrência seria registrada, estudantes das faculdades os impediram. Os três, então, foram levados pelos colegas até um dos prédios.
Quando finalmente os alunos eram conduzidos para a delegacia, os estudantes cercaram o carro da Polícia Civil. Houve bate-boca. Alunos jogaram um cavalete de trânsito em cima dos policiais, que reagiram com golpes de cassetetes e bombas de gás lacrimogêneo. Estudantes começaram, então, a jogar pedras e dar chutes nos PMs. Carros da corporação e de estudantes foram atingidos.

O delegado José Carlos Gambarini, da Central de Flagrantes da 3ª Seccional, informou que vai instaurar inquérito para identificar os responsáveis por depredar o carro da Polícia Civil - os outros cinco eram da Polícia Militar. "Vamos buscar fotos e identificar os responsáveis para que eles respondam por danos ao patrimônio público", disse o delegado.

Ocupação

Os estudantes divulgaram uma nota na manhã desta sexta (28) dizendo que darão continuidade à ocupação do edifício até a suspensão do convênio entre a universidade e a PM para policiamento do campus na Zona Oeste de São Paulo. Eles também querem a retirada “de todos os processos criminais e administrativos contra os estudantes, professores e funcionários”.
“Seguiremos ocupados até que o convênio (USP-PM) seja revogado pela reitoria, proibindo a entrada da PM no campus e em qualquer circunstância, bem como a garantia de autonomia nos espaços estudantis, como o Núcleo de Consciência Negra, Moradia Retomada, Canil da ECA, entre outros. Continuaremos aqui até que se retirem todos os processos criminais e administrativos contra os estudantes, professores e funcionários”.
Ainda de acordo com a nota, esta não é a primeira vez que a PM entra no campus para reprimir os estudantes. “Trata-se de uma demonstração da política de repressão que vem sendo imposta na faculdade pelo reitor João Grandino Rodas”.
Nesta manhã, a situação era tranquila no local. Como é dia do funcionário público, não há movimentação no campus. Os estudantes manifestantes, que usam camisetas e capuzes escondendo o rosto para não serem identificados, não quiseram dar entrevistas. Eles também não informaram quantas pessoas fazem parte do movimento.
De acordo com o Sindicato dos trabalhadores da USP (Sintusp), que apoia a ação dos alunos, os manifestantes protestam contra a permanência da PM no campus. A
assessoria da USP não havia se pronunciado sobre a ocupação até as 10h desta sexta.
Convênio
No último dia 8 de setembro, representantes da universidade e do comando da Polícia Militar formalizaram um convênio, de cinco anos, para aumentar a segurança no campus. Firmaram o documento Antonio Ferreira Pinto, secretário estadual da Segurança Pública, o coronel Álvaro Batista Camilo, comandante do policiamento do estado, e o professor João Grandino Rodas, reitor da USP.
Na prática, com o convênio, foi combinado um aumento do efetivo que atua no campus da USP. A medida foi tomada após a morte do estudante Felipe Ramos de Paiva, de 24 anos, ocorrida na noite de 18 de maio. O jovem foi baleado quando se aproximava de seu carro em um estacionamento da Faculdade de Economia e Administração (FEA). Dois homens presos pelo crime foram indiciados por latrocínio.
A decisão de firmar um convênio definitivo com a PM foi examinado e votado pelo Conselho Gestor da USP, formado por professores e outros integrantes do corpo docente da universidade. Na época da votação, o estudante Adrian Fuentes, representante do Diretório Central dos Estudantes (DCE), se mostrou contrário à medida. “A gente tem problema com muitas atitudes da PM hoje em dia, a própria sociedade sofre muitas vezes problemas com a polícia, abuso de poder”, disse.
Quando o convênio foi assinado, Álvaro Camilo explicou que mais 16 policiais passariam a fazer parte do efetivo da USP. Ele comentou sobre o combate ao consumo de drogas dentro do campus. "Consumo de droga é crime. A pessoa flagrada cometendo este delito será encaminhada ao distrito para assinar um termo circunstanciado. Se for o caso, a Polícia Civil é acionada para investigar se se trata de tráfico", afirmou.
Estudantes da USP protestam contra ação da PM (Foto: Tiago Queiroz / Ag. Estado)
Estudantes da USP protestam contra ação da PM



Vai entender neh?!! Quando matam ou roubam alguém culpam a falta de policiamento e agora que tem policiais trabalhando como se deve, não os querem mais!!! Tudo por conta da maconha que, até então não é legalizada... Agora pensa, se esses universitários defendem o uso da maconha inclusive dentro do meio de ensino, como serão esses profissionais do futuro????? Vão querer fumar também dentro do escritório, do consultório, do hospital...?????!!!!!

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