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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Bebê morto após receber leite na veia é enterrado em SP


Pais do bebê tomaram calmantes para acompanhar a cerimônia em Perus.
Criança nasceu prematura e estava internada em UTI neonatal há 13 dias.


O bebê Kauê Abreu dos Santos, de 13 dias, que morreu após na segunda-feira (7) após receber 10 ml de leite via intravenosa foi enterrado na manha desta quarta-feira (9) no Cemitério de Perus, na capital paulista. Segundo amigos que participaram do funeral, os pais tiveram que tomar calmante porque estão em estado de choque.
A criança nasceu prematura e estava internada na UTI neonatal do Hospital Municipal Professor Mário Dégni, no Rio Pequeno, na Zona Oeste de São Paulo, recebendo soro com medicamentos para evitar infecções.

O bebê recebia medicamentos na veia e se alimentava, por meio de sonda, com o leite tirado da mãe. A sonda estava colocada no nariz do bebê para levar o leite direto para o estômago. Porém, segundo a família, uma auxiliar de enfermagem se confundiu e injetou 10 ml de leite na veia do recém-nascido.

Os pais passavam o dia todo com o bebê no hospital, mas no dia da morte tinham saído justamente quando tudo aconteceu. De acordo com mãe, Jovenita Oliveira de Abreu, de 32 anos, os funcionários demoraram a dizer o que havia acontecido. “Cheguei às 10h30 e fui saber a verdade mais ou menos 15h30. Houve um erro. A causa foi o leite que foi injetado na veia dele, não pela sonda”, disse a mãe.

Na noite de terça-feira (8), os pais estiveram na delegacia no 51º DP, no Rio Pequeno, para registrar o boletim de ocorrência.

“Hoje em dia é um erro atrás do outro na medicina. A gente tem que tomar providência para ver se para com esses erros. Para mm, um erro desses nem um analfabeto fazia”, declarou o pai, Admildo Xavier dos Santos.
PrefeituraA auxiliar de enfermagem envolvida no caso foi demitida. O secretário Municipal de Saúde, Januário Montone, considerou o erro “grosseiro” e “inaceitável”, “Para a família desse bebê, eu só posso pedir desculpas, porque foi um erro absolutamente inaceitável. A gente chama de tragédia, mas é mais do que isso, porque foi uma morte evitável”, disse o secretário.

Segundo Montone, uma investigação está sendo feita para buscar as “causas maiores” desse acidente e para saber se houve uma tentativa de “mascarar” o que aconteceu. Para o diretor do hospital, ela reconheceu que errou.

O secretário afirmou que, infelizmente, a queda na qualidade na é só na rede pública e que a Prefeitura tem feito um programa com o intuito de reduzir o número de erros. Cerca de 6 mil funcionários já foram treinados e outros 6 mil entrarão em treinamento até 2012. O caso também vai ser investigado pelo Conselho Regional de Enfermagem.

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