Antes de “morrer”, porém, o Sol vai passar por outros estágios – e vai inclusive aumentar de tamanho, o que será fatal para a Terra em muito menos tempo: “apenas” 1,5 bilhão de anos.
Nos últimos 4,5 bilhões de anos, o Sol está em uma fase estável e vem trabalhando como um grande reator que vem transformando o hidrogênio em hélio em seu núcleo. Quando este hidrogênio terminar, em cerca de 1,5 bilhão de anos, o Sol começará a “queimar” suas reservas de hélio. Neste período, aumentará de temperatura, e as camadas exteriores irão se expandir.
A expansão provavelmente engolirá Mercúrio e Vênus – e possivelmente até a Terra. Mesmo se nosso planeta modificar sua órbita e se livrar de ser engolido, o que restar será totalmente modificado pela mudança de temperatura – e não há chance de haver vida.
Esta variação de tamanho do Sol deve levar cerca de centenas de milhares de anos, e o seu raio irá se expandir até que o núcleo atinja uma temperatura de 100 milhões de Kelvin, quando uma reação termonuclear começará a transformar hélio em carbono. Quando esta reação começar, o Sol se expandirá muito rapidamente para cerca de 1 mil vezes o seu raio atual, que é de 700 milhões de km, ou o equivalente a 100 vezes o raio da Terra.
Segundo Santiago, quando o hélio se esgotar no centro, agora rico em carbono e oxigênio, o Sol vai começar a queimá-lo numa camada mais externa. Nesta fase, ele também vai perder muita massa. Quando não tiver mais hélio para queimar em nenhuma das camadas, as reações nucleares de fusão no Sol vão acabar.
“Aí, o que vai sobrar é uma região muito densa, quente e rica em carbono e oxigênio, e com um pouco de hélio e hidrogênio residual. A partir daí, será uma anã branca. Sem reações nucleares, esse objeto vai perder energia na forma de luz emitida e, como resultado, vai se resfriar com o tempo”, diz o astrônomo.
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